quarta-feira, 23 de maio de 2007

O Rei Transparente - Edições Asa

Para quebrar o impiedoso silêncio dos meus dias, entreguei-me à leitura. Que toda em silêncio é feita, mas que desenha imagens no ar e enche o espaço de sensações impares. Ler é um dom, apesar de hoje em dia não ser muito difícil encontrar quem o faça, mas nem toda a gente se entrega à leitura e nem toda a gente escolhe o que de bom se escreve.
Não estou própriamente a dizer que sou único nas boas escolhas, também não me menosprezo, simplesmente constato o inevitável rumo, que livros, e editores, percorrem com a muita falta de exigência literária de quem lê.
Estou a ler um livro de Rosa Montero, uma espanhola que escreve como quem desenha. Prende o leitor, pelo menos neste livro. É uma viagem, descrita na primeira pessoa, até à idade média, onde cavaleiros, rainhas, saltimbancos, estalagens, guerras e torneios, venenos e mezinhas ilustravam neblinas e os amores imperfeitos setenciados pelos clérigos lançavam nobres e camponeses na mesma pira. Muito cativante.
Estou tão presa à história que nem paciência tenho para vir até aqui escrever no meu pobre português, sobre seja o que seja.
Por isso não se admirem quem vem ao meu blog e não veja mudanças, talvez esteja a acabar de ler "O rei transparente".

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