quarta-feira, 30 de maio de 2007

Já estamos servidos, obrigada!

Quando as empresas gozam de prestígio no mercado, pela sua idóneidade ou pelos anos que estão presentes, tem geralmente uma posição relativamente ao recrutamento que me deixa sempre de orelha arrebitada.
Por um lado é a lei que os obriga a formalizar pedidos de candidatura M/F, e em destacados sites ou matutinos a fim de serem mantidos os requisitos de insenção que devem existir nestas acções. Por outro lado é a lei da cunha que é mais válida que qualquer outra, mas que nunca será realmente trazida à tona da verdade. Por fim, a certeza de que o nosso curriculum, que até tem nuances de "profissionalismo e mereceu a atenção da nossa parte, vai fazer parte do nosso arquivo geral (lixo) para possivel oportunidade futura".
Amigos, isto é o testemunho do quanto vale a palavra nos dias de hoje. Menos que zero, mas útil para não haver celeuma. Quem teria coragem de insultar quem nos envia a negação à nossa candidatura com palavras tão cordiais e sãs? Ninguém. Estas são as palavras que nos reduzem à resignação e à frustração. E neste país de cunhas e cunhados continuamos a ver a falta de profissionalismo com a qual ninguém se importa, a não ser os excluídos e os que precisam de um serviço bom, célere e educado.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Maiorias Absolutas? a cores.

António Costa, na apresentação da comissão de honra da sua candidatura, pediu aos eleitores uma maioria absoluta sob a ínsignia do "é preciso termos condições de governabilidade, porque já deu para ver o que dá a instabilidade" (referindo-se ao ex executivo camarário).
É sempre ao longo do gume que a fatia de carne se separa da peça. E com isto quero dizer, que afunda primeiro o dedo na ferida dos Lisboetas, para depois de enfraquecidos lavar-lhes as mentes. Esta pedinchice política tem tido óptimos resultados em eleições de todo o género e por todo o país. Começou por ser lançada, um dia, há muitos anos, pelo Prof. Caváco Silva nas campanhas para o seu segundo mandato à presidência e, desde esse dia, esta arma, tem sido linha para coser campanhas de muita gente.
A máxima, neste momento Sr. António Costa, deveria ser o de trazer à Câmara da Capital uma governação honesta, responsável, credível assente sob os interesses dos autarcas e da própria autarquia e não estar procupado com maiorias ou minorias, porque isto não é a escolha de um partido e sim a escolha de responsáveis.
Parece-me que sempre teve melhores resultados um trabalho de grupo policromático que um trabalho monocromático.
Então em cada uma das nossas casas estavamos feitos se não houvesse consenso para levar o interesses comuns ávante.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

O Camelo é Real.


Para se ser ministro das obras públicas não seria própriamente necessário estar-se inscrito na ordem dos engenheiros, impertinência que usou o sr. Engº Mário Lino numa das suas últimas declarações. Que o senhor Primeiro Ministro não se queixe de ser ridicularizado por um membro do seu governo, transcende-me ao ponto de nem sequer ter feito, aqui, alguma menção, apesar de ter achado uma falta de tacto e delicadeza.
Agora que venha chamar deserto à margem sul, só para fazer prevalecer a sua opinião pessoal, esquecendo o lugar que ocupa, violando um principio de educação primário e usando de preversão política, é que não é admissível.
Neste deserto a sul do tejo, inóspito e desabitado, esteve à bem pouco tempo o seu colega Engº Sócrates a inaugurar os três quilómetros de metropolitano que faz da margem sul um deserto á beira do progresso.
Só esperemos que o senhor ministro não necessite nunca de ser atendido na "tenda" Garcia de Orta, de ir ao òasis da Caparica ou ao maná de Setúbal, poderia ter de se tornar nómada de repente.
E por incrível que pareça, para que o sol desça no horizonte sobre as dunas veladas pelo vento, falta cá o camelo do senhor Engº Mário Lino para se poder tirar umas fotos a enviar para amigos, conhecidos e familiares com o bonito dizer: "Espero que gostem deste poente no deserto da margem sul, o camelo é real!"

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Ser Jovem

A vida tem muitas formas e muitas cores. E tem aromas primaveris seja inverno, outono ou verão. Tem alegria numa peça de vestuário nova, numas madeixas insinuantes como a linha do teu perfil, num gesto aveludado que vem de quem gostamos e até em palavras menos limadas de quem nos avisa por bem. Tem festas sempre divertidas misturadas com sabores de amargo que nem o é, ou de um inibriante líquido que nos dá ainda mais alegria e magnitude. E ainda bem que assim é, pois senão para que serviria ser jovem a príncipiar nas areias movediças de um mundo em colapso?
Mas esta ilusão é um enorme arco-íris prestes a sucumbir no abismo da idade. Que parecendo tão distante chega como um corcel a galope, apanhando qualquer ego desarmado. A imprudência do passar dos dias em festa constante limita-nos o campo de visão e, igualmente, só lhe vemos a real importância quando queremos e já lá não está nada do que tinhamos. Restará sómente uma saudade, um cunho na memória, uma dor.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O Rei Transparente - Edições Asa

Para quebrar o impiedoso silêncio dos meus dias, entreguei-me à leitura. Que toda em silêncio é feita, mas que desenha imagens no ar e enche o espaço de sensações impares. Ler é um dom, apesar de hoje em dia não ser muito difícil encontrar quem o faça, mas nem toda a gente se entrega à leitura e nem toda a gente escolhe o que de bom se escreve.
Não estou própriamente a dizer que sou único nas boas escolhas, também não me menosprezo, simplesmente constato o inevitável rumo, que livros, e editores, percorrem com a muita falta de exigência literária de quem lê.
Estou a ler um livro de Rosa Montero, uma espanhola que escreve como quem desenha. Prende o leitor, pelo menos neste livro. É uma viagem, descrita na primeira pessoa, até à idade média, onde cavaleiros, rainhas, saltimbancos, estalagens, guerras e torneios, venenos e mezinhas ilustravam neblinas e os amores imperfeitos setenciados pelos clérigos lançavam nobres e camponeses na mesma pira. Muito cativante.
Estou tão presa à história que nem paciência tenho para vir até aqui escrever no meu pobre português, sobre seja o que seja.
Por isso não se admirem quem vem ao meu blog e não veja mudanças, talvez esteja a acabar de ler "O rei transparente".

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Desafio da Cupido

No mundo da publicidade o mais díficil é entrar pela porta do sucesso, porém, naquele dia, depois de ser contactado por um Gonçalo Leitão, fui apresentar-me à entrevista.
Depois de encaminhado, para uma sala de reuniões meticulosamente decorada em estilo ultra moderno, fiquei preso a um dos quadros centrais colados em K-Line: " O importante é transformar a marca num rato e o consumidor num gato". Lembrei-me, não sei porquê, de quando era miúdo, irrequieto e espevitado que passava horas a caçar, como um gato, pequenos animais de várias patas... sorri! Eu era realmente um indio.
Fui arrancado dos meus pensamentos com a entrada de meu entrevistador. Feitas as apresentações questionou-me:
- Então, quer ser Cupido?
- A intenção é essa.
- Sabe o que é beyond-the line?
- É um namoro bem sucedido. Entre below-the-line e above-the-line, entre a intenção e o destino à conquista do resultado.
- Ah pois é! Está disposto a subir até onde?
- Até ao 3º andar, sem elevador, todos os dias.

Agências e Pessoas

Qualquer mundo é peculiar no seu modo de agir, mas não há como o mundo da publicidade. Quem se integra numa agência, passa a ser o que eu chamo "o suprasumo da barbatana", que por outras palavras quer dizer "Sou, posso e mando". É como uma espécie de vírus que ataca o ego dos que lá vivem e passam a ser uns extravagantes sem escrúpulos.
São recrutados pelos mais diferentes aspectos, porém aquele que mais deveria contar é o que não tem relevância - a experiência concrecta.
Se o candidacto trabalhou noutra agência, muito bem, tem certamente interesse analizar o seu curriculum, porém se não esteve em nenhuma ou só numa, então não presta, mesmo que saiba mais da matéria para a qual se candidata que qualquer outro que venha a surgir.
Falo particularmente dos Directores de Produção, que a maioria das vezes nem sabem pedir um orçamento, não tem conhecimentos de produção é simplesmente um curioso a tentar desenvassilhar-se de cada projecto que lhe põem nas mãos. Quem faz, na realidade o trabalho dele, é quem o vai executar , que lhe explica o comportamento dos materiais, que indicações deve ter em conta para pedir orçamentos da próxima vez que lhe surja algo idêntico e assim vão remendando a carreira.
Cheguei a ter directores de produção a chamar vinil autocolante ao electroestáctico e quatros cores a um RGB... indecente não é?

domingo, 20 de maio de 2007

Esticar até partir...

Porto, Sporting e Benfica andaram a esticar até à última. Hoje vão estar Dragões, Lagartos e Diabos todos a roer as unhas, presos ao écran. As falhas de uns são vitórias para outros.
Quem beneficia disto, para além das vendas nos cafés (cerveja e petiscos) e canais privados, é sobretudo a política que pode esgueirar-se malandrinha sem que o "Zé" repare. Quando acordar desta euforia, já estão as cartas na mesa e a realidade a doer nos bolsos.
Mas como diria Salazar: " O povo quer é cerveja numa das mãos, tourada na outra, futebol á frente e chicote nas costas".

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Maddie wants his Parents!

Revolta-me pensar que existem pessoas que querem as crianças para os mais diversos fins que não aqueles que respeitam a sua integridade física, psicológica e o seu desenvolvimento harmonioso.
Revolta-me porque não faz parte do meu mundo. Embora viva no planeta onde existem outros modos de pensar para além do meu (ainda bem).
É inadmissível sentir que estão a fazer as maiores atrocidades a esta criança, ou a outra, enquanto eu vou escrevendo estas linhas.
E atrocidades nem sequer é pensar o pior, pode ser simplesmente o facto de a estarem a privar do seio familiar, basta isto.
Aconteceu hoje no tribunal do Barreiro, que um homem foi condenado a 21 anos por ter assassinado uma menina de doze anos... os juízes que me perdoem, mas uma morte devolve-se com 21 anos de cadeia? Errar é humano. Matar, violar, roubar, estropiar etc etc é tudo humano.

Se é humano para quê sentenciar humanos.

A justiça rouba dignidade tanto aos que são presos, porque depois são mal vistos pela sociedade, como os que são lesados, porque se sentirão sempre vitimas.
Resumindo, quem quer que seja, entregue a Maddie aos pais, já chega de sofrimento!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Espiga



Guardo memórias douradas
de campos de trigo distantes
Onde antigamente
Se cantava entre papoilas
cantigas em desgarrada

As moças de pele tostada
com as as saias presas à cintura
de foice bem empunhada
colhiam-nas de assentada
na sua doce curvatura.
Chapéus de palha de trigo
tecidos de chita e cor
aventais de neve bordados
e o sol... abrasador
Seguiam em fila lado a lado
como manda a igualdade
e os fardos eram deixados
sobre o restolho aparado
Hoje já nem os pressinto
nem ceifeiros nem trigais
Só um despovoado Alentejo
Ervas daninhas e pouco mais.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Grandes Numeros

"Centro branco (amarelo, rosa e lavanda)"

Ontem, adiantou a agência Lusa, foi vendido em leilão com números records, uma pintura (a que se encontra acima) de Mark Rothko (72,8 milhões de dólares), nos E.U.A. , promovido pela Sotheby's.

É sempre uma alegria, para mim, ver obras de grandes artistas a terem uma saída valorosa e a serem reconhecidos, mesmo que post mortum. Pena que estes mesmos artistas não tenham tido em vida a movimentação financeira das suas obras dentro da sua conta bancária, assim sendo, talvez este pintor tivesse morrido de velhice em vez de se ter suicidado. E, por conseguinte, ter deixado ainda mais obras de referência.

É pena, mas é assim mesmo que a sociedade eleva pintores à ribalta. Anda-se aqui de trinchas manchadas a revirar o interior à luz do dia, e quando isso acontece a poeira do nosso corpo é matéria para multimilionários passarem, o que outrora foi banal, à raridade do hoje.

Penso, verdadeiramente, que um pintor anda uns anos bons mais à frente que críticos, milionários e apreciadores de arte, pois quando a compreenção da obra se revela, o pintor já cá não está e a sua obra está no limite do último quadro.

Que mais nos poderia ele mostrar se pudesse continuar eternamente?

terça-feira, 15 de maio de 2007

Carpooling


Pois sim... Querer implantar estrangeirismos em Portugal a favor de um ambiente melhor é agradável, mas expor as pessoas e seus bens ao "terrorismo" é outra. A inicitaiva é engraçada, mas não passa disso. Quem é que vai dar boleia a uns "pigmeus" desconhecidos e ter a certeza de que as intenções deles são tão boas como as nossas? Não é por ser portugues ou outra coisa qualquer é mais como diz o velho ditado:" Quem tem c... tem medo."
Encontros prévios não aniquilam más intenções, ou já se esqueceram que taxistas que poderiam estar a acompanhar os netos ao fim-de-semana, estão com três palmos de terra sobre a casca?
Os grandes industriais que abram mão do dinheiro e apliquem nas suas unidades fabris condições não poluentes. Os fabricantes de carros que apliquem as inovações, que já são do conhecimento geral, para que estes não poluam. O petróleo que deixe de poluir e nós seremos todos amigos do ambiente. Que não seja a arraia miúda a emendar os erros daqueles que se foram, e estão ainda, marimbando para o ambiente. A América nem sequer uma simples assinatura fez no tratado de Quioto e o Tuga é que tem de salvar o planeta sózinho. Tenham juizo. Eu não dou boleia a ninguém, seja em nome do ambiente seja em nome do que for.

A modéstia...

... não deve ser confundida com indulgência fraca, que tudo deixa passar.
Quando uma pessoa ocupa cargos de responsailidade deve, em certos momentos, recorrer a medidas enérgicas.
Para isso, não deve fazer alarde da sua própria superioridade e sim assegurar-se dos que estão à sua volta. As medidas a tomar devem ser únicamente objectivas, sem qualquer conteúdo de ofensa pessoal.
Assim, a modéstia, manisfesta-se até mesmo no rigor.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Que promiscuidade é esta?


Madeleine McCann, está agora, certamente, diferente. Muitos se colocam no papel de pais e muitos opinam de coração aberto, porém, e até ao momento, ninguém se colocou na pele da pequenita Maddie.

Que estará sofrendo, penando, chorando no seu pequeno mundo tão diferente daquele que conheceu? Como estará reagindo, como estará a ser tratada, que lhe estarão fazendo neste momento, arrancada abruptamente do seio familiar.

Coisas boas não serão.

Tenho acompanhado este caso com amargura. Não tenho filhos, não sei medir o sofrimento de um Pai, mas tenho pais e sei medir o sofrimento de um filho.

Maldizer o mundo de hoje parece-me corriqueiro, as intenções de um humano desumano, também. Só queria ver descansado o espirito amedrontado da pequena Maddie.



Já agora, a talho de foice, ocorre-me perguntar onde pára a moderação de certa e determinada comunicação Social no que toca a casos desesperantes como o de Maddie, de Francisco Adam... onde?
É prevertido vender revistas com slogans como os que vamos assistindo nos últimos dias.
"Compre a revista X e ajude a encontrar Maddie!", mas o que é isto? Não há ninguém que tenha juízo, desde que veio para Portugal o formato Big Brother? Tenham a santa paciência, mas isto é de uma promiscuidade impar. As notícias bombásticas vendem, a opinião pública movimenta vendas, mas há que haver moderação na forma como se expõem os assuntos, pois assim sendo qualquer dia só colocando palavrões de baixo nível é que temos negócio de revistas.


quinta-feira, 10 de maio de 2007

Diz o Roto p'ró Nu:

... Porque diabo não te vestes tu?"

É o que parece a conversinha do Lula com o Papa. O tempo que perde em ajudar África, que tal investir no Brasil a ver se combate a criminalidade e dá postos de trabalho com qualidade salarial aos seus. É como dizia o meu avô: " Mostra-se boa roupa e a barriga está rota."
Raios parta a ostentação.

sábado, 5 de maio de 2007

A contrariedade do Ser

Fotografia: Fátima Silva

Depois de dissecadas algumas nuances da vida, eis que surge um mundo obscuro, inóspito, agreste. Quando o crepúsculo chegou não parecia conter breu, era como em todos os dias uma noite igual às outras. Mas não, tal não aconteceu, bem pelo contrário. Escondida como uma sombra imperceptível a contrariedade instalou-se, fez baixar os braços, a cabeça e todo o corpo foi levado numa inebriante brisa de coisa alguma.

Os médicos agitaram-se em olhares de interrogação, abanaram as cabeças motivadas pelos últimos congressos, onde se falou de tudo, fora isto. Olharam-me, analisaram-me, fizeram-me fechar os olhos, abri-los, estender a língua, inspirar, expirar, sentar, levantar... Estavam-se marimbando para o problema. Fosse o que fosse haveria de ser tratado pelo colega da psiquiatria, que é para estes casos que ele existe. E remeteram a contrariedade do meu ser às mãos, inadequadas, de um paranormal que estudou para nos confundir ainda mais.

Os dias seguiram-se em desalinhado decorrer. Sempre fugindo à claridade, o desânimo levou a amontoar as ocupações tão permentes, e remeteu-as a terceiros planos. Planos a que eu não conseguia chegar por mais que me esticasse. As vozes daqueles que estavam no lado de fora desse vidro imaginário, chamavam-me à razão a ver se não me afundava dentro do desconhecido de mim mesmo. Inúteis tentativas.
Estava demasiado preso à inútilidade presente da minha existência. Nem combatia, nem me movia, nem as ouvia, ficava simplesmente adoçando os dias na expectativa de ser libertado pelo meu próprio impedimento.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Não Fumo Mais

Pulmão fumador - foto retirada de:http://fotos.sapo.pt/pauloguerrinha/gallery/0001bc7w


Tenho andado a pensar sériamente em deixar de fumar. Porque: não é útil, não é necessário, não é "in" e faz um mal avassalador.

Talvez por isso me tenha mantido no silêncio durante estes dias. Uns ouriçam-se porque temos de incentivar ao término do consumo do tabaco de uma forma radical e implacável, outros apelam para que se o faça com moderação e, como diria um bom italiano: "Piano, piano se va lontano"...
Porém como não tenho, sincera, opinião sobre como se deve aplicar a nova lei do tabaco, então remeto-me a pensar antes de opinar.

No entanto, e a ver pela nova exposição do corpo humano, presente no Palácio dos Condes do Restelo, um pulmão infectado não apela a fumar nem mais um cigarro.
É que afinal o nosso organismo é mesmo uma maravilha da natureza e a saúde um dom dificil de preservar.


terça-feira, 1 de maio de 2007

O Quinto Continente

No quinto continente, a internet, é mais que possivel encontrar de tudo. Pelo que não é chocante que haja receitas para bombas, para matar sem se deixar pistas, compra de armas, fazer-se membro de uma organização terrorista... O que se queira, é-se bem capaz de encontrar.
O que é chocante, isso sim, é a educação que vamos levando em casa.
Numa sociedade aprisionada ao ego e ao consumo não há muito espaço para a condescendência, a razoabilidade e principalmente os valores, e arranja-se muito outro para a violência . O que se quer hoje em dia é ter a certeza que um jovem não se mete em encrencas, não consuma drogas e/ou alcool e tenhamos a consciência tranquila de sabermos onde está e com quem. Posto isto, o resto não interessa. Só nós mesmos.
Onde estão aquelas mães de antigamente, que nos faziam ir para o jardim ou para a rua, brincar com os outros miúdos, para poderem arrumar a casa? Que se auto-apagavam (nem oito nem oitenta) só para darem aos filhos a educação, próxima e atenta, de quem conduz no caminho certo? Já não existe. Porque hoje ser mãe é dar à luz, amamentar e acompanhar durante quatro meses e depois é despachar: para o infantário, para a casa dos avós, para a playstation, para o computador.
Depois, depois é como largar-los pelo mundo fora. Sabemos onde estão fisicamente, mas só isso.