
Ontem, adiantou a agência Lusa, foi vendido em leilão com números records, uma pintura (a que se encontra acima) de Mark Rothko (72,8 milhões de dólares), nos E.U.A. , promovido pela Sotheby's.
É sempre uma alegria, para mim, ver obras de grandes artistas a terem uma saída valorosa e a serem reconhecidos, mesmo que post mortum. Pena que estes mesmos artistas não tenham tido em vida a movimentação financeira das suas obras dentro da sua conta bancária, assim sendo, talvez este pintor tivesse morrido de velhice em vez de se ter suicidado. E, por conseguinte, ter deixado ainda mais obras de referência.
É pena, mas é assim mesmo que a sociedade eleva pintores à ribalta. Anda-se aqui de trinchas manchadas a revirar o interior à luz do dia, e quando isso acontece a poeira do nosso corpo é matéria para multimilionários passarem, o que outrora foi banal, à raridade do hoje.
Penso, verdadeiramente, que um pintor anda uns anos bons mais à frente que críticos, milionários e apreciadores de arte, pois quando a compreenção da obra se revela, o pintor já cá não está e a sua obra está no limite do último quadro.
Que mais nos poderia ele mostrar se pudesse continuar eternamente?
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