segunda-feira, 30 de julho de 2007

Justiça Natural

"Negócios da China" - Todos, adultos, já ouvimos esta expressão. E não sei se já se puseram bem a pensar nela, mas pelo menos julgo que seremos unânimes quanto ao seu significado. Não há dúvida de que certos negócios, arriscados ou não, são mesmo género orientais. E um deles é o mundo dos narcóticos.
Por mim liberalizava esta cangalhada. Livre-me o Senhor de pensamentos indignos, mas não as tenho todas na malhada de que grandes líderes têm uma bela nódoazinha dedicada a este molho.
Pois acabar de vez com este negócio é colocar no inactivo alguns, muitos postos de trabalho, que estão simplesmente dedicados a (de vez em quando) desmantelar organizações.
Dinheiro sujo, dinheiro limpo, quem se importa? Como em tudo há vontade e há aproveitamento.
Mas existe um negócio ainda mais sujo que este, a meu ver. O negócio dos Off Shores. Este sim é que é negócio, pois não se olha de onde vem. E quem pode transportar para esta "ilha dos prazeres" um prazer tão grande como o dinheiro, deve sentir-se um rei do mundo.
Ainda existem outros muito bem pensados como o negócio do tráfico de órgãos, criânças, armas, informações, dinheiro falso, jogos de azar, mulheres, pirataria, facturação, desvíos, contrafacção, and so one and so one...
Se olharmos para este rol, ficamos com a ideia que afinal existe mais de ílicito no mundo que de legal. Pena que a natureza esteja a revoltar-se contra a permanência do Homem no mundo, pois a analisar o desenvolvimento das suas capacidades, fica-se com a nítida ideia de que vive neste mundo só para trapacear o seu semelhante. E na realidade estou de acordo com a Natureza, o Homem não merece viver.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Pergunto-me...


Por mais que me ponha a pensar, por mais voltas que dê à cabeça, permaneço na mesma dúvida. Assolam-me as mesmas questões e não consigo vislumbrar uma ponta de lógica nesta nova intenção do Ministério da Educação. E a questão é a avaliação do desempenho dos professores mediante os resultados dos alunos. É, a meu ver, um inequívoco disparate.

Não sou professor, não sou pai, mas já fui aluno e isso obriga-me a ser transparente na análise.

Quantas vezes fui medíocre em certas disciplinas, por não ter paciência, por não ter vontade e até porque preferia fumar uns cigarros, durante aquela hora, a ter de assistir à aula de um professor com o qual não simpatizei. Um professor, que pelo que me consta trabalha árduamente para vencer verbas precárias que não estimulam as aulas, lutam contra o insucesso que se arrasta de um ano para o outro, que reínvidicam também os seus direitos que estão sendo postos em causa, que se vêem a braços com os destacamentos onde o ministério lhe aprouver, que morrem sem conhecer uma reforma, que se desunham em desdobramentos de horários, que fazem as vezes de colegas de pedagogia diferente da sua só para que os "meninos" não se tresmalhem nos cafés... ó senhora Ministra, dê uma olhadelazinha nos meninos de outrora que tinham professores de peso, que para além de ensinarem o "bê-à-bá", ensinavam a postura, os valores e a dor do ponteiro no traseiro. Embora um pouco exagerado, os meninos faziam-se Homens, estavam com a matéria sabida na ponta da língua e eram garantia de um futuro são.
Agora o que se quer fazer é deitar por terra a sabedoria de quem prestou provas de ser capaz de leccionar, de quem se esforça por fazer um bom trabalho, que se vê a braços com uma carga de injustiças e que se fosse eu, minha senhora, despedia-me e ia procurar uma vida nova além fronteiras. Aliás foi o que fiz!

Ideias precisam-se para melhorar, não para dar razão a uma serie de vilões (que é como vejo uma boa parte dos alunos) que nem aprendem nem deixam outros aprender e passados poucos anos andam encostados às esquinas na malandragem. É o resultado que dá todo este facilitismo que começa na família e acaba nestas medidas.
Num estado que tanto apregoa a democracia, os direitos e os votos, deveriam ter atenção porque estes malandros não irão mostrar o seu desagrado a votar, mas sim a atirar petardos contra os políticos que estão transformando estes monstrinhos em terroristas.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Hoje é dia de Festa!

Não quiz, apesar das mãos e do tempo ser escasso, de deixar-te aqui os meus Parabéns.

Esta é uma data querida... meu amor!

Ofereço-te este F-14, enjoy it!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Ainda ontem falava em renúncia...

... e já hoje se dizia que na Madeira não se vai aplicar a nova lei do aborto. Valha-nos os santos, anjos e arcanjos, porque já não se aguenta a distância que antigamente era de Atlântico. Isto é que é mexer na taxa de natalidade.
Tantos chineses e tão poucos Madeirenses... Até vai ser engraçado ver as casinhas em forma de barco a contornar a ilha.

terça-feira, 10 de julho de 2007

E a renúncia continua...Porquê?

Como nova notícia, que de nova não tem nada e até exala um ténue aroma a protagonismo, chega à agência lusa a notícia dos Hospitais das Misericórdias, trazer a público a recusa de fazer uma interrupção voluntária da gravidez.
Apesar da consulta não ter sido vinculativa, acho que se nos pediram a nossa (povo) opinião, então contem com ela, pois senão, seria obrigado a concluir que o referendo não passara de uma cena burlesca.

Se estamos a ser impeditivos por causa de um ideal então teremos de dar o direito à diferença no que toca aos ideais dos outros, se é uma questão religiosa, também devemos estar alertados para a diversidade que existe nessa matéria, se é por causa do juramento de hipócrates, não esqueçam os senhores doutores que o principal é servir os homens e não aquilo em que acreditamos pessoalmente. Pois se a crença fosse a de não medicar e sim operar, já não haveria meios hospitalares suficientes para a quantidade de enfermidades simples que cada um pode ter.

No país mais católico da Europa, Itália, a prática da interrupção voluntária da gravidez é tida como normal e acessível até para quem tem modéstias posses e não queira levar àvante a gestação do seu filho. Porque é que nós, meio saloios, temos sempre a mania de moralizar tudo como se fossemos uns santos?

Já não estamos a viver própriamente no terceiro mundo, pelo menos espero bem. É que me sinto mais vinculado ao meu país quando acho que a nossa mentalidade, afinal, não é retrogada.

Afinal seria triste que nascessem pessoas indesejadas e sofressem mundo fora algumas privacidades que não a deixariam ser feliz.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Manoel de Oliveira - Cineasta

Hoje, curiosamente, o sapo tinha como pergunta se gosta dos filmes de Manoel de Oliveira. A grande maioria respondeu "não" ou "não sei", o que não me espantou.
É que apesar de já termos uma grande taxa de licenciados, doutores e outras designações pomposas, ainda não temos aquilo a que se chama cultura de base, e, portanto, é de todo incompreensível para o "tuguinha" entender arte contemporânea, ainda mais quando é bombardeado com filmes comerciais de toda a espécie.

Aqueles ambientes longos, silênciosos, onde a imagem é que fala por si, é uma "seca" para um cine-espectador que está habituado a correr os olhinhos pelas legendas.

Como diz o senhor Manuel das colunas (um cafézinho meio espelunca e hortaliças aqui por debaixo da minha casa) : - É mais fácil chamar vizinho a toda a gente pois assim não tenho de puxar pela cabeça para dizer o nome das pessoas... enfim, um "nharro".

Aqui aplica-se o mesmo príncipio, é mais fácil correr legendas que apreciar imagens e tirar delas um partido único.

Todos valorizam, além fronteiras, o trabalho deste ancião que por dentro é um génio e fá-lo transparecer na tela, mas cá dentro é desapreciado. O mal não está no trabalho de Manoel de Oliveira está antes na ignorância de cada um.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

De olhos esbugalhados

Espero que já tenham visto a tabela de preços do Diário da República Electrónico. Porque eu ia caindo de costas. Só sei que me ficou a tilintar 1.184€ para consultas ilimitadas da série II... è mesmo para afastar o zé povinho das andanças do país.
Deve ser só para deputado ler...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A Diana Chaves não tem culpa.

Só quem gosta das estrelas é quem não convive com elas (isto dava um bom ditado popular). Trago hoje a Diana Chaves, que como se vai tendo percepção está com a carreira de vento em popa. Não é que eu conheça a pequena, mas fartei-me de olhar para ela. Ora tira um pouco de magenta, ora acrescenta cyan e assim se ia compondo a imagem que sai das máquinas rumo aos outdoors, telas e afins. Quando se anda com a imagem de alguém às voltas ,até estar pronta, olhamos para as pessoas, aí impressas, e chegamos á conclusão que estamos cheios delas; sempre com o mesmo sorriso, a mesma posição e os mesmos problemas na impressão.
A culpa não é dela, mas se eu tivesse que comprar das marcas que representa deixaria de o fazer por estar esgotado da sua imagem. E a prova disso é que nem sequer quero colocar aqui uma foto dela.