A minha primeira filha está a caminho, faltam apenas dois meses e meio. Começou assim uma nova etapa na minha estada neste mundo. Sim porque os preparativos estão a ser providenciados à minúcia, portanto estamos já empenhados na chegada da Princesa Luisa.É de ver já o rol de roupinhas que ocupam as gavetas a ela destinadas.
Mas não é própriamente do lado materialista que me apráz dar a notícia, mas sim pelo lado afectivo. Preocupam-me já certas notícias e temo muito mais pelo futuro, que até a esta altura. Não sou daquele género de pais que só pensam dar-lhe o melhor, mas sim encaminhá-la da melhor maneira. Não a quero presa a coisas que só se obtêm com dinheiro, mas consubstancialmente ligada a valores, que serão os alicerces para encarar a vida sem muitos problemas. Dar muito, enraíza a ideia de um facilitismo inexistente, já que todos sabemos o quão dificil é nesta altura obter seja o que for. Por isso tenho de ter uma directriz muito clara de como a encaminhar e é um trabalho árduo e permanente, que eu sei, irá desgastar-nos muito. Até porque lá fora as coisas não são como cá, entre portas. E ela irá ver outros da sua idade a mostrar com vaidade os brinquedos informáticos de última geração a que ela não terá acesso fácil.
Eu vivi com pouco ou quase nada, ainda me lembro das botas que me deram e que até tinham dois buracos na sola, que foram motivo de chacota na escola primária (as crianças entre si são mesmo cruéis). No entanto cresci a dar valor ás coisas, ás pessoas e áquilo que se ganha com esforço. É mais estimado mais nosso...
Estou pensando como te educar e não quero falhar demasiado, por razões obvias.
Para já fica um desejo de Pai, vem ao mundo o mais perfeita e saudável possivel!
