segunda-feira, 11 de junho de 2007

Trabalho infantil & Sociedade

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O programa Peti está a deitar contas ao trabalho infantil em portugal (para as estatísticas já que amanhã se celebra o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil ). Alertam que a grande maioria das crianças trabalham no seio domiciliário e que acabam por ser os pais os empregadores e, ou abusando da expressão, exploradores.
Quem nunca teve em casa de ajudar a mãe ou o pai a fazer algum serviço doméstico? Ou ajudar para se entregar uma encomenda dentro do prazo, sabendo que daí depende muitas vezes o sustento de uma família? Penso que uma grande maioria passou por isso, em maior ou menor quantidade.
Esquecendo os apelidos que me possam ser confiados, apráz-me analisar este assunto quando vejo os papás a levar os miúdos aos castings dos "Morangos", "Floribelas" e outros similares, sem nunca serem molestados por inspecções e sim pelas revistas para artigos e show off inerente a estas actividades. Isto já não é exploração... é protagonismo, futuro, sociality do mais puro encanto urbano.
Pois não me parece mal que os meninos, e respectivas meninas tenham, de vez em quando, o poder paternal à perna para que saibam o custo da vida, já que é ainda mais lamentável vê-los metidos na internet a procurar bombas para explodir a escola, a experimentar pelas esquinas o primeiro trago de um cigarro (ou pior), a serem molestados nas discotecas ou ainda a morrerem nas estradas ao fim de semana agarrados aos carros dos pais (muitas das vezes sem habilitação para conduzir).
Não quero com isto dizer que favoreço a exploração, mas aprovo a dísciplina que tráz descernimento e preparação para as agruras da vida. Talvez fosse bom ter isto em conta quando se fala obstinadamente contra as actividades de produção na vida de um menor. Nem 8 nem 80. Como dizem os chineses: " Se conseguires equilibrio próprio conseguirás equilibrar a vida, não esqueças que essa dose deu origem ao universo".

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