
Apesar da consulta não ter sido vinculativa, acho que se nos pediram a nossa (povo) opinião, então contem com ela, pois senão, seria obrigado a concluir que o referendo não passara de uma cena burlesca.
Se estamos a ser impeditivos por causa de um ideal então teremos de dar o direito à diferença no que toca aos ideais dos outros, se é uma questão religiosa, também devemos estar alertados para a diversidade que existe nessa matéria, se é por causa do juramento de hipócrates, não esqueçam os senhores doutores que o principal é servir os homens e não aquilo em que acreditamos pessoalmente. Pois se a crença fosse a de não medicar e sim operar, já não haveria meios hospitalares suficientes para a quantidade de enfermidades simples que cada um pode ter.
No país mais católico da Europa, Itália, a prática da interrupção voluntária da gravidez é tida como normal e acessível até para quem tem modéstias posses e não queira levar àvante a gestação do seu filho. Porque é que nós, meio saloios, temos sempre a mania de moralizar tudo como se fossemos uns santos?
Já não estamos a viver própriamente no terceiro mundo, pelo menos espero bem. É que me sinto mais vinculado ao meu país quando acho que a nossa mentalidade, afinal, não é retrogada.
Afinal seria triste que nascessem pessoas indesejadas e sofressem mundo fora algumas privacidades que não a deixariam ser feliz.
Sem comentários:
Enviar um comentário